quinta-feira, 17 de abril de 2014

SURDOCEGUEIRA E DEFICIÊNCIA MÚLTIPLA




“Incluir significa promover e reconhecer  o potencial inerente a todo ser humano em sua expressão: a diferença”


Analisando a história das pessoas com deficiência no Brasil, percebemos a reprodução de preconceitos, discriminação por parte da sociedade com pessoas com  deficiência múltipla e SurdoCegueira que impossibilita muitas vezes a participação social e educacional. Hoje com a perspectiva de inclusão tem se mudado essa visão que segrega e subestima o aluno com deficiência múltipla e surdocegueira.
A surdocegueira é uma deficiência única em que o indivíduo apresenta perda da visão e da audição. É considerado surdo cego a pessoa que apresenta essas limitações independente do grau das perdas auditivas e visual. A surdocegueira pode ser congênita ou adquirida.
    SurdoCegueira Congênita: A criança que nasce ou adquire a surdo cegueira antes da língua.
    SurdoCegueira Adquirida: através de uma doença.
Segundo o autor MCINNES (1999) as pessoas surdo cegas estão divididas em quatro categorias:
    Pessoas que eram cegas tornaram surdas;
    Pessoas que eram surdas  e se tornaram cegas;
    Pessoas que se tornaram surdo cegas;
    Pessoas que nasceram surdo cegas antes de terem aprendido alguma linguagem.
Deficiência múltipla é quando uma pessoa apresenta mais de uma deficiência. “É uma condição heterogênea que identifica diferentes grupos de pessoas, revelando associações diversas de deficiências que afetam, mais ou menos intensamente, o funcionamento individual e o relacionamento social.” (MEC/SEESP, 2002).
As pessoas com deficiência múltipla apresentam características específicas, individuais, singulares e não apresentam necessariamente os mesmos tipos de deficiência, podem apresentar cegueira, deficiência mental, auditiva, intelectual e autismo.
Uma das barreiras enfrentadas está na  comunicação dessas pessoas e nos professores devemos concentrarmos em descobrir as potencialidades e possibilidades para trabalhar com esses alunos. Como diz Hallanan e Kauffman (1994) “nós não devemos deixar que as incapacidades das pessoas nos impossibilitem de reconhecer as suas habilidades.”
As necessidades dos surdo cegos e das pessoas com DMU se concentram nem encontrarmos mecanismos e recursos que favoreça a aprendizagem da leitura através de símbolos, gestual e verbal, contribuindo para sua interação no âmbito escolar. O trabalho pedagógico deve estar sempre em busca de melhores metodologias a partir da especificidade de cada um.
Ressalta o fascículo 05 (SurdoCegueira e Deficiência Múltipla) que:

 As pessoas com deficiência múltipla lançam desafios a escola e aos profissionais que com elas trabalham no que diz respeito a elaboração de situações de aprendizagem a serem desenvolvidas para que sejam alcançados resultados positivos ao longo do processo inclusivo.


Diante da realidade percebemos que estratégias utilizadas para aquisição da comunicação é fundamental mais que deverão está voltada para  singularidade de cada um com respeito a cada aluno com DMU e surdo cegueira.[...] “A comunicação é o aspecto mais importante e por isto deve-se focar nele toda atenção... já que  é o ponto de partida para chegar a qualquer aprendizagem.” (SERPA, 2002, p. 2).
Mais que o processo de comunicação deve acontecer é necessário técnica para orientar o aluno com surdo cegueira utilizando a “mão sobre mão” para orientar em relação a espaço, mobilidade e localização.
É necessário que aconteça no início da infância, onde a estimulação dos sentidos podem ocorrer avanços significativos se forem trabalhados suas habilidades de forma coerente com recursos da Tecnologia Assistiva que visa a autonomia, a independência para uma vida digna, ampliação da comunicação e possam sentir-se incluído no meio social e educacional.

REFERÊNCIA
Fascículo 5. SurdoCegueira e Deficiência Múltipla.