quinta-feira, 26 de junho de 2014

Reflexão do texto O Modelo dos Modelos com o Atendimento Educacional Especializado


“Triste não é mudar. Triste é não ter ideias para mudar”

                                                                (Francisco Bacon)




                                                                             

                                                                     


A Educação passou por uma grande transformação com a escola inclusiva para todos, os alunos com deficiência passaram a ser visto de outra maneira, como pessoas capazes de conquistar o seu espaço e desenvolver suas potencialidades.
Ao adentrar nas reflexões do texto “a regra do senhor Palomar foi aos poucos se modificando”,  as concepções sobre a educação inclusiva precisam ser revistas e deve ser respeitada a singularidade de cada individuo com um olhar atento a ele. “A escola é muito mais do que o campo do conhecimento e da aprendizagem, é um lugar de reconhecimento e de pertencimento da infância (...)” (Maria Fugihu).
A instituição escolar abriu oportunidades para que essas crianças não ficassem segregadas pelo fato da deficiência oportunizando o contato com as demais crianças que antes eram colocadas nas escolas especiais que privava a criança do contato com outras crianças.
A educação inclusiva no Brasil é uma realidade mais ainda lenta no contexto escolar, social e precisam ser mais trabalhadas para que se tenha êxito na inclusão. De acordo com (ABRAMO WICK, 1997) “A escola não pode tudo, mas pode mais, pode acolher as diferenças. É possível fazer uma pedagogia que não tenha medo da estranheza, do diferente, do outro (...)”.
A educação passou por transformações e as diferenças fazem parte desse contexto, mostrar que a escola inclusiva tem o seu papel no meio social de inserir, mas não cabe só o professor, mas todos, buscando maneiras com as possibilidades para que o processo de aprendizagem aconteça de forma eficiente.
Portanto promover a inclusão é assegura uma escola acolhedora que aceite as diferenças e através delas passem a formar uma geração de cidadãos capazes de olhar as diferenças de outra maneira que possibilite novas descobertas que colabore no desenvolvimento escolar e social.


                 



quarta-feira, 4 de junho de 2014

RECURSOS E ESTRATÉGIAS PARA DESENVOLVER HABILIDADES DO ALUNO COM TGD


Se uma criança não pode aprender da maneira que é ensinada, é melhor ensiná-la da maneira que ela pode aprender.” (MARION WELCHAMANN0)





A comunicação pode ocorrer não só através de palavras ou fala, mas pode acontecer através de mecanismo que contribua para comunicabilidade.

De acordo com Bez (2009) “a comunicação humana é uma das práticas culturais mais significantes fundamentais dos seres humanos [...] quando seres humanos interagem em um processo de comunicação, envolvem-se ativamente na construção de significados e sentidos.”
Propomos um recurso de comunicação alternativa que colabora para o desenvolvimento e habilidade do aluno com TGD assegurando sua aprendizagem. Pode ser utilizado com crianças de 4 a 10 anos na sala de aula comum, na sala de AEE e laboratório de informática visando avanços na criança com autismo no processo de aprendizagem.


A PRANCHA DE COMUNICAÇÃO


Descrição da imagem:
Visualiza-se uma prancha de comunicação com dezoito símbolos gráficos PCS cujas mensagens servirão para escolher alimentos e bebidas. Os símbolos PCS estão organizados por cores nas categorias social ( oi, podes ajudar? obrigada; pessoa ( eu, você, nós); verbos (quero, comer, beber); substantivos (bolo, sorvete, fruta, leite, suco de maçã e suco de laranja) e adjetivos (quente frio e gostoso).



                                           Prancha de Comunicação Alfabética
Descrição da imagem: Sobre uma mesa está uma prancha de comunicação e nela, há uma prancha que contém as letras do alfabeto e os números. O usuário está apontando o dedo indicador na letra "x".

Que pode ser confeccionada junto com o professor de AEE, da sala de aula comum e aluno, se bem planejada em consonância com as atividades propostas abre um leque de possibilidades para o professor realizar suas intervenções para efetivar o desenvolvimento da criança, personalizando as pranchas de comunicação com símbolos que fazem parte do cotidiano do aluno considerando as possibilidades cognitivas e motoras. É uma forma de colaborar na comunicação com os professores, colegas e o acesso a leitura, escrita ampliando suas potencialidades. As intervenções do professor de AEE é fundamental, pois aprendizagem do aluno com autismo se dá através do dia-a-dia, em todos os momentos do seu cotidiano explorando ambientes para que possam ser estimulados com objetos de conhecimento.
 Em casa, na escola tem que haver uma interação social para que a aprendizagem de fato aconteça. E o professor do AEE busca estratégias com intuito de apoiar esses alunos em parceria com o professor da sala comum, a instituição escolar e família para que de fato as intervenções sejam realizadas com sucesso já que tudo que é construído na sala de AEE tem que ser com o aluno. Segundo Chum e Moreira (1997), descrevem “que o termo mais apropriado seria comunicação suplementar e/ ou alternativa. Isso porque engloba todos as formas de comunicação que substituem, complementam, ou apoiam a fala, o olhar, vocalizações, gestos, expressões facial, sorriso, alteração de tônus muscular entre outros”.


CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS

                                                              
                                                        Descrição da imagem:
 um livro de história, que fala sobre o tema ecologia, está acompanhada de uma prancha temática com o qual o usuário da CAA poderá apontar ações positivas e negativas relativas à preservação do meio ambiente.

São várias formas de contar histórias para um autista, pois um dos desafios de educadores é aplicar atividades que ajudem a desenvolver a imaginação dos autistas. Pois sabemos que eles tem muita imaginação e criatividade o que precisa é potencializar essas habilidades com o objetivo de focar no desenvolvimento. O professor do AEE pode fazer sua intervenção através do faz de conta, que é uma dificuldade deles um salto do real para a abstração, buscando com o imaginário, criando novas regras, sair de algo preso para a liberdade. portanto é  importante  para a liberdade, portanto é  importante o professor ensina- lós a brincadeira de conda instigando a dramatização de históricas, nomeado os personagem, conforme o objetivo da atividade e especificidade da  criança  sempre com personagens que chame  a  tenção do aluno, pois  dessa forma será mais interessante favorecendo a estruturação da personalidade estimulando e facilitando o processo cognitivo abrindo portas para que as crianças possam se expressar.
           



quinta-feira, 17 de abril de 2014

SURDOCEGUEIRA E DEFICIÊNCIA MÚLTIPLA




“Incluir significa promover e reconhecer  o potencial inerente a todo ser humano em sua expressão: a diferença”


Analisando a história das pessoas com deficiência no Brasil, percebemos a reprodução de preconceitos, discriminação por parte da sociedade com pessoas com  deficiência múltipla e SurdoCegueira que impossibilita muitas vezes a participação social e educacional. Hoje com a perspectiva de inclusão tem se mudado essa visão que segrega e subestima o aluno com deficiência múltipla e surdocegueira.
A surdocegueira é uma deficiência única em que o indivíduo apresenta perda da visão e da audição. É considerado surdo cego a pessoa que apresenta essas limitações independente do grau das perdas auditivas e visual. A surdocegueira pode ser congênita ou adquirida.
    SurdoCegueira Congênita: A criança que nasce ou adquire a surdo cegueira antes da língua.
    SurdoCegueira Adquirida: através de uma doença.
Segundo o autor MCINNES (1999) as pessoas surdo cegas estão divididas em quatro categorias:
    Pessoas que eram cegas tornaram surdas;
    Pessoas que eram surdas  e se tornaram cegas;
    Pessoas que se tornaram surdo cegas;
    Pessoas que nasceram surdo cegas antes de terem aprendido alguma linguagem.
Deficiência múltipla é quando uma pessoa apresenta mais de uma deficiência. “É uma condição heterogênea que identifica diferentes grupos de pessoas, revelando associações diversas de deficiências que afetam, mais ou menos intensamente, o funcionamento individual e o relacionamento social.” (MEC/SEESP, 2002).
As pessoas com deficiência múltipla apresentam características específicas, individuais, singulares e não apresentam necessariamente os mesmos tipos de deficiência, podem apresentar cegueira, deficiência mental, auditiva, intelectual e autismo.
Uma das barreiras enfrentadas está na  comunicação dessas pessoas e nos professores devemos concentrarmos em descobrir as potencialidades e possibilidades para trabalhar com esses alunos. Como diz Hallanan e Kauffman (1994) “nós não devemos deixar que as incapacidades das pessoas nos impossibilitem de reconhecer as suas habilidades.”
As necessidades dos surdo cegos e das pessoas com DMU se concentram nem encontrarmos mecanismos e recursos que favoreça a aprendizagem da leitura através de símbolos, gestual e verbal, contribuindo para sua interação no âmbito escolar. O trabalho pedagógico deve estar sempre em busca de melhores metodologias a partir da especificidade de cada um.
Ressalta o fascículo 05 (SurdoCegueira e Deficiência Múltipla) que:

 As pessoas com deficiência múltipla lançam desafios a escola e aos profissionais que com elas trabalham no que diz respeito a elaboração de situações de aprendizagem a serem desenvolvidas para que sejam alcançados resultados positivos ao longo do processo inclusivo.


Diante da realidade percebemos que estratégias utilizadas para aquisição da comunicação é fundamental mais que deverão está voltada para  singularidade de cada um com respeito a cada aluno com DMU e surdo cegueira.[...] “A comunicação é o aspecto mais importante e por isto deve-se focar nele toda atenção... já que  é o ponto de partida para chegar a qualquer aprendizagem.” (SERPA, 2002, p. 2).
Mais que o processo de comunicação deve acontecer é necessário técnica para orientar o aluno com surdo cegueira utilizando a “mão sobre mão” para orientar em relação a espaço, mobilidade e localização.
É necessário que aconteça no início da infância, onde a estimulação dos sentidos podem ocorrer avanços significativos se forem trabalhados suas habilidades de forma coerente com recursos da Tecnologia Assistiva que visa a autonomia, a independência para uma vida digna, ampliação da comunicação e possam sentir-se incluído no meio social e educacional.

REFERÊNCIA
Fascículo 5. SurdoCegueira e Deficiência Múltipla.

sábado, 8 de março de 2014

A INCLUSÃO DAS PESSOAS COM SURDEZ NA EDUCAÇÃO ESCOLAR



 










“É preciso coragem para ser diferente e muita competência para fazer a diferença”.


Nesta reflexão a inclusão da pessoa com surdez no âmbito escolar é um debate atual que requer organização de várias propostas de trabalho para garantir ao aluno com surdez o acesso ao conhecimento. A deficiência auditiva historicamente vem sendo vista como uma barreira e com a política pública de inclusão nas instituições escolares, tem se mudado essa visão que segrega e subestima as possibilidades de desenvolvimento da pessoa com surdez que tem suas potencialidades e as quais devem ser bem trabalhadas pelo professor da sala comum e do AEE. “Esse ser humano precisa ser trabalhado no espaço  escolar  como um ser que possui uma deficiência e tais limitações devem ser reconhecidas e respeitadas, mas não podemos justificar o fracasso nessa questão, em virtude de cairmos na cilada da diferença”. (PIERUCCII, 1999).
Precisamos  apagar a imagem  que a pessoa com surdez é um  deficiente incapaz, há um estigma em relação aos fatores  relacionados à aprendizagem atrelado pelo fato da língua, pois a surdez não está associada a perda da capacidade cognitiva. Segundo Damázio (2005), “para assegurarmos a aprendizagem significativa em prol das pessoas com surdez na escola comum, precisamos romper com os vários empecilhos, que impedem o desenvolvimento e provocam a repetência e a evasão, ocasionando o fracasso escolar”.
Não devemos nos reportar que o fracasso escolar está  associado apenas a questão da língua mais a prática pedagógica condizente a uma educação inclusiva para a pessoa com surdez, na construção de propostas inclusivas acessíveis para o desenvolvimento de suas  habilidades, tornando aptos a exercer atividades que contribua para sua autonomia e  independência.
Daí, temos que pensar numa perspectiva inclusiva que integre buscando sua superação e rompendo as fronteiras, construindo ambientes educacionais que desafiem a criar sujeitos diferentes dividindo o mesmo espaço, partilhando as atividades e se apropriando dos mesmos conhecimentos.
A língua tem o seu papel mais não basta para que o aluno aprenda, pois muitos alunos ouvintes não tem um bom desempenho escolar e tem linguagem a seu favor e as escolas precisam de ações que desenvolvam a inclusão de crianças com surdez assegurando o processo de aprendizagem com espaços visuais que instigue a capacidade desses alunos, o que eles tem de melhor para oferecer, respeitando as diferenças e mostrando que são iguais, precisam apenas de uma chance para mostrar o seu potencial. “É com esta perspectiva que caminhamos, rumo a uma educação igualitária, respeitando a singularidade de cada indivíduo com acesso a educação para todos”. (MORIM, 2001).
Estatísticas tem mostrado que a aprendizagem dos alunos  surdos tem apresentado resultados satisfatório com a integração do bilinguismo que dá oportunidade a pessoa com surdez  ter acesso as duas línguas. A Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) e a língua oral,  frisando que as pessoas  com surdez  que conquiste o seu espaço e o reconhecimento de suas potencialidades deixando de serem tratadas   como incapazes por não terem  o oralismo e diante disso a escola precisa planejar metodologias de ensino adequada a uma perspectiva inclusiva.

DAMÁZIO, M. F. M; FERREIRA, J. Educação Escolar de pessoas com SurdezAtendimento Educacional Especializado em Construção. Revista Inclusão: Brasília: MEC, 2010, V. 5, P. 46-57.


MORIN, Edgar. Introdução e o pensamento complexo. 3 ed. Lisboa: Stória, 2001.